segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Olga Kos

No esporte, treinar é a primeira ação que nos levará à evolução. Mas quem dera fosse a única.
Pelo menos o treino depende só de nós, do nosso esforço e dedicação. Mas o nosso corpo está sujeito a períodos de baixa que podemos e devemos evitar mas que infelizmente vez ou outra sofreremos suas consequências. Como a gripe que há dois anos eu não pegava e nas últimas semanas resolveu me visitar.

Graças a ela e ao percurso diferente do que eu esperava, meu desempenho nessa prova ficou aquém do que eu pensava quando fiz a inscrição.


Cidade já em clima de Natal - árvore do Ibirapuera
A bem da verdade, eu não sentia que estava debilitado pela gripe. Mas isso é comum e um erro, é preciso prestar atenção nos detalhes. Após duas semanas tentando curá-la e sofrendo para fazer meu trabalho (cantar com tosse e nariz entupido é horrível), além de vários dias perdidos de treino, a impressão que eu tinha é que já podia correr forte, mas eu perceberia logo que isso não seria possível. Fica a dica: perder um dia de treino numa situação de doença pode evitar 9 dias perdidos por causa da doença mal curada. Aliás, essa gripe se instalou justamente após um treino em que eu já estava com corpo bem quente, havia tirado a camiseta e caiu uma garoa gelada. Ah, se arrependimento matasse... quase perco dias de trabalho por isso, prejuízo que seria muito maior do que perder treinos ou provas.

Mas enfim, lá estava eu para a largada da chamada "Corrida Olga Kos". Segundo a organização, eram 18.000 inscritos, entre 10k, 6k e caminhada. Consegui me posicionar bem à frente, portanto essa lotação não seria problema. Houve um atraso de 12 minutos na largada, que somados aos 15 minutos antes das 7h já alinhado para o início, fizeram com que o aquecimento fosse quase anulado.

Minha estratégia era largar com ritmo de 4:20 min/km e ir acelerando devagar sentindo a resposta do corpo, pra tentar concluir a prova com ritmo médio de 4:15 min/km ou quem sabe melhor. Mas também cometi um erro: não prestei atenção no percurso da prova. Notei simplesmente que largava no Obelisco e percorria um trecho da República do Líbano e outro da Rubem Berta, o que me fez pensar que seria idêntico ao de outra prova que corri ali, a Corrida do Descobrimento. Mas foi diferente, avançando muito mais pela Rubem Berta e portanto incluindo uma altimetria bem pesada no percurso. Pra quem estava bem, só um desafio a mais. Porém pra mim foi uma luta pra não caminhar durante a prova.

Primeiros dois quilômetros pela Av. República do Líbano dentro do programado: 4:16 e 4:20. No terceiro, 4:13 já voltando para a Av. Pedro Álvares Cabral. A partir daí, já senti. As próximas parciais foram caindo à medida que enfrentávamos o tobogã da Ruben Berta: eram longas subidas seguidas de descidas na mesma proporção, mas que não serviam pra recuperar o fôlego perdido. 4:23, 4:27, 4:44, 4:48. Queda livre. Os 4:29 do quilômetro 8 em declive não serviram pra recuperar a confiança, porque logo veio a pior parcial: 4:51 no quilômetro 9.

O último quilômetro além de plano trazia a alegria de terminar com aquele suplício, então rolou um "sprint final" pra concluí-lo em 4:28. Esse final foi bem congestionado, porque na altura do Km 8 encontramos os atletas dos 6k que faziam o retorno e se juntavam a nós na mesma pista. Em minha opinião, uma falha da organização, pois a pista era larga e poderiam tê-la dividido com cones pra que os atletas dos 10k seguissem pela esquerda enquanto os que retornavam dos 6k se mantivessem à direita. Naquele momento, atletas relativamente rápidos que terminam os 10k na casa dos 45 minutos encontravam caminhantes nos 6k, isso gerou alguns problemas.

Apesar das dificuldades,. medalha é medalha, e a da Olga Kos é muito bonita
Concluí minha 12ª corrida na distância de 10k, essa com 200 metros a mais. O desempenho ficou bem abaixo da última prova nessa distância, o Circuito Caixa há dois meses. A meta-sonho de concluir 10k abaixo de 42 minutos (ou ritmo médio abaixo de 4:12 min/km) fica para 2017.

Linda medalha
No conjunto de "desculpas" para esse resultado que não é ruim mas que acena com uma piora de desempenho, tem ainda a sequência de provas nas últimas semanas. Não que isso seja incomum entre corredores, na verdade no meu caso é até pouco já que conheço diversos atletas que correm uma por semana e até mais que isso, como amigos que estiveram nessa Olga Kos e na noite de sábado haviam participado de outra corrida! Mas não há como fugir de uma verdade, se quisermos evoluir precisamos seguir uma periodização, e as provas tem que se encaixar nessa periodização. Se há uma prova alvo (e quando me inscrevi para essa, tinha intenção que fosse), é preciso seguir a planilha adequadamente e não alterá-la para participar de outras, que se existirem devem servir apenas como treino sem que seja preciso alterar a sequência para se preparar ou recuperar de um esforço desgastante.

Prova: II Inclusão à Toda Prova
Local: Obelisco do Ibirapuera - São Paulo / SP
Inscrição: R$ 20,00 + taxa
Data: 04/12/16
Distância: 10,2 k (12ª)
Geral: 59ª corrida - 2016: 11ª corrida 
Tempo: 45'53'' - Ritmo: 4:30 min/km
Número de Peito: 11170
Classificação geral masculino: 194º (de 2659) - Categoria (40-44): ? (de ?)
Resultado oficial: http://sites.minhasinscricoes.com.br/inclusaoatodaprova
Atividade no Strava: https://www.strava.com/activities/793207646

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