quinta-feira, 9 de março de 2017

Meu segundo Duathlon

No último sábado participei mais uma vez de uma prova multiesportes, ou um esporte com multi-modalidades, se preferirem. Sofrido, mas divertido demais. E que dá aquela sensação maravilhosa quando termina.

Novamente organizado pela K10, só que o percurso foi dentro da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos. Muito mais técnico e difícil do que o primeiro que fiz, na ciclovia que margeia a Rodovia Ayrton Senna. Dessa vez só não tivemos o temido vento contra de lá, porém o percurso ganhou ladeiras, curvas fechadas e a segunda corrida foi feita num trajeto diferente da primeira, enfim diversos detalhes que deixaram a prova ainda mais interessante.


Fui um dos primeiros a me inscrever para essa prova, logo que abriram as inscrições, ainda empolgado pela participação no primeiro. Mas confesso que. aproximando-se da data, pensei em desistir. Se tivesse conseguido passar a inscrição, desistiria ainda na semana anterior.
O motivo é que não treinei bike, pra ser honesto não pedalei nada no último mês, nem um único quilômetro. Eu tinha prometido pra mim mesmo que treinaria melhor e faria um duathlon com menos sofrimento na parte da bike, mas não consegui cumprir a promessa.

A bike e eu, prontos para o combate
Mas logo ao chegar na arena agradeci por não ter desistido. Estacionamos dentro da Base Aérea (minha esposa foi na torcida) e aquele clima com os atletas tirando suas máquinas dos carros já contagia. Também tirei minha First aro 26, um pouco modificada em relação ao primeiro duathlon (troquei a suspensão por um garfo rígido, as rodas Vzan Maxx por um par de Vzan Extreme e os pneus 1.5 por pneus 1.15), calibrei os pneus e fui retirar o kit.
Sim, dessa vez entregaram o kit no dia da prova, comodidade mais do que bem vinda. Teríamos o duathlon no sábado e o triathlon no domingo no mesmo local, então se insistissem em entregar o kit só até sexta-feira atrapalharia muita gente.

Aguardando a largada
Fiz um aquecimento no primeiro Km do percurso, já verificando que largaríamos em aclive. Muito bom, pensei, afinal não sou do grupo que só treina no plano, isso poderia me facilitar as coisas. Inclusive na bike, afinal um percurso plano e com grandes retas só favorece as bikes mais caras, preparadas para a velocidade, o que definitivamente não é o caso da minha :D

Às 8h10, portanto com 10 minutos de atraso sobre o horário previsto, foi dada a largada. Dessa vez me propus a guardar um pouco de energia, diferentemente do primeiro duathlon onde corri os 5k como se fosse mesmo uma corrida de 5k. Primeiro quilômetro mais conservador, até por ser uma subida, fui sendo ultrapassado pela galera que gosta de sair rápido. Não me preocupei, estava focado na minha estratégia. Antes de terminar os 800m de aclive já comecei a reconquistar posições, e ao me aproximar do retorno na marca de 1km pude contar 37 atletas na minha frente.

Segundo quilômetro de prova, descendo
Após o retorno, claro, declive. Aí foi hora de soltar a perna, fui encaixando meu ritmo e ultrapassando alguns atletas. Um por um fui melhorando minha posição nessa parte da prova. Depois dessa descida, uma boa reta com mais um cotovelo (retorno de curva fechada) que nos obriga a desacelerar para retomar a aceleração em seguida. Teríamos mais um desse na altura do Km 4 antes de subir novamente rumo a transição para a bicicleta. Consegui fechar os 5k dessa primeira parte da prova em 21'19" (4:14 min/km) em 24º lugar.

Foto: Andarilho Fotográfico (facebook)
Antes de montar na bike, tomei um gel de carboidrato e um pouco de água de coco que havia deixado na garrafinha. Não saí com pressa, como da primeira vez. Sabia que não adiantava. E fui eu novamente enfrentar a primeira subida, dessa vez na bike.

Foto: Andarilho Fotográfico (facebook)
Apesar de sentir bastante o esforço nessa parte da prova, senti também que meu desempenho, mesmo sem treino, foi melhor do que no primeiro duathlon. Um dos motivos foi realmente ter guardado energia e não corrido os 5k "no máximo". Outra razão foi o percurso, que nivelava um pouco as coisas, pois mesmo na descida forte nem todos os atletas querem acelerar tudo e arriscar uma queda.
Ainda assim, como não poderia ser diferente, fui muito ultrapassado, perdendo várias posições para os ciclistas com bikes speed ou contra-relógio. Mas também ultrapassei alguns, o que não aconteceu da outra vez, onde só perdi posições nessa segunda parte da prova sem ganhar uma sequer.

Foto: Claudinei (Coyotes)
Aí já não foi possível contar em que posição terminei, afinal o circuito de 4 voltas no trajeto de 5k da corrida mistura todos os atletas, os que estão na segunda volta com os que estão na primeira, por exemplo. Você não tem certeza se está passando por um atleta que está na mesma volta que você. Concluí os 19,3k dessa segunda parte em 45'03", média de 25,8 km/h que é uma média bem mais baixa do que na primeira vez, porém levando-se em conta o percurso, foi bom. Porém perdi 11 posições, o que eu viria a saber no final da prova.

Percurso muito bonito dentro da Base Aérea
Segunda transição, hora de deixar a bike e partir para a última corrida. Dessa vez, para não conflitar com aqueles que estavam pedalando, corremos para o lado contrário. E tome ladeira já pra começar! Foi difícil esse primeiro quilômetro. Cheguei bem cansado da bike e as pernas não queriam responder a esse esforço em subida. Os atletas estavam bem espaçados, eu não via quem estava à minha frente. Mas ao chegar no topo da subida depois de 300m e alcançar o posto de hidratação, olhei pra trás e também não via ninguém me seguindo. A parte do pedal havia separado bem os atletas.

Fui seguindo por esse circuito quase rústico, onde contornamos alguns casarões até alcançar novamente a reta final, dessa vez em declive. Eu já havia avistado o atleta mais bem colocado e notei que estava diminuindo a distância, então tomei-o como coelho e encaixei um sprint final forte, que não serviu para ultrapassá-lo por questão de metros: chegamos com um segundo de diferença. Um aperto de mão entre os dois mostrou a quem estava assistindo que a competição sempre é contra nós mesmos, e não contra os adversários. Isso torna tudo mais divertido.
Essa etapa não teve os 2,5k prometidos, mas 2,1k. Concluí em 10'21" (4:54 min/km) e tive que sentar por um tempo antes de curtir a medalha :D
Terminei em 35º, o que indica que perdi 11 posições na bike, já que na última modalidade não ultrapassei nem fui ultrapassado por ninguém.

Mais um desafio concluído!
Como kit pós prova, foi servida uma banana. O kit é simples, mas a prova vale a pena. Recomendo a todos que já correm e pedalam. E, como podem ver, não é necessário ser diferenciado em nenhuma das duas modalidades, muito menos ter uma bike cara. Havia inclusive uma bike mais simples que a minha competindo entre as speeds. Claro que, se a pretensão for de pódio, o equipamento faz muita diferença. Quem sabe futuramente, com uma bike melhor, eu possa beliscar um troféu na faixa etária? Mas aí mora o perigo, se eu não conseguir não terei outra desculpa pra dar que não seja a falta de pernas mesmo :D

Agora pretendo participar de um duathlon realizado por outras organizadoras. Tenho a impressão, pelo que vejo na internet, que os duathlons da K10 são os mais simples em termos de estrutura. Por exemplo, não tem tapete para registrar a passagem nas transições, então no resultado só informa o seu tempo total e não o tempo e a posição em cada modalidade.

Conquista suada

Prova: Circuito K-Series Duathlon e Triathlon
Local: Base Aérea de São Paulo - Guarulhos / SP
Inscrição: R$ 125,00 (primeiro lote)
Data: 04/03/17
Distância: 5k corrida + 19,3k ciclismo + 2,1k corrida (2ª)
Geral: 63ª corrida - 2017: 2ª corrida 
Tempo: 1h16'38'' - Ritmo: -
Número de Peito: 100
Classificação geral masculino: 35º (de ?) - Categoria (40-49): 14º (de ?)
Atividade no Strava:
- corrida 1: 
https://www.strava.com/activities/887354676
- bike: https://www.strava.com/activities/887354755
- corrida 2: https://www.strava.com/activities/887354641

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