quarta-feira, 20 de maio de 2015

15 Milhas da Maratona de SP

Prova: XXI Maratona Internacional de São Paulo
Local: Obelisco do Ibirapuera - São Paulo / SP
Inscrição: R$ 50,00 (promocional com antecedência)
Data: 17/05/15
Distância: 24,14 k (1ª)
Geral: 43ª corrida - 2015: 4ª corrida 
Tempo: 1h56'14'' - Ritmo: 4:48 min/km
Classificação geral masculino: 199º (de 2439) - Categoria (35-39): 43º (de 457)
Resultado oficial: http://www.yescom.com.br/maratonasp/2015/portugues/index.asp

A minha maior distância, em provas, até aqui. Esta poderia ter sido perfeitamente uma prova-alvo do semestre, caso eu não estivesse treinando para os 42k e ela não tivesse caído como uma luva como prova-treino (físico e psicológico) para a distância maior.

O desconto para inscrição com antecedência, feita em janeiro, contribuiu para a escolha (o valor normal chegou a R$ 130,00, depois) mas havia o receio da organização, que em 2014 sofreu diversas críticas. Mas dessa vez, tudo seria diferente, inclusive pra mim.


PRÉ-PROVA

Foi justamente nessa prova tão cheia de problemas, em 2014, que minha esposa e eu decidimos correr uma maratona. Mas nós não estávamos nela - assistimos uma parte da chegada, enquanto pedalávamos na região após a Kelly ter corrido os 5k do Mc Donalds no Anhangabaú, mais cedo. Era aquele verão mais infernal de todos os anos em São Paulo no mês de outubro, e mesmo pra nós foi difícil ficar ali parados assistindo debaixo do solpracadaum. Atletas chegavam passando mal, entre os que conseguiram chegar. Todos relataram falta de água no percurso. Mas nossos olhos encheram de lágrimas com o que vimos. Dissemos: queremos isso pra gente também!

Mas, com tudo o que acompanhamos, nem nos passou pela cabeça escolher para a estreia nos 42k a Maratona de SP. Escolhemos a do Rio, que será dia 26/07/15. Os treinos para ela só começariam após a Meia Internacional de São Paulo, em março, então antes eu me prepararia para a minha terceira meia, tendo concluí-la bem para então entrar de cabeça numa planilha de cinco meses.
Mas esse ano iniciou estranho pra mim. Logo no final de janeiro sofri uma lesão leve na panturrilha que me deixou duas semanas fora dos treinos para a Meia. Aliado a um mal planejamento, fui muito mal nessa Meia perto do que eu imaginei que faria. O tempo final não foi problema, apesar de bem mais alto do que minhas duas meias anteriores (leia o relato AQUI), a questão foi a forma como cheguei: praticamente me arrastando, pedindo pra terminar logo, com dores nas pernas, com o psicológico abalado.

Retirada de kit, onde a gente já começa a se sentir na prova
Os treinos para a Maratona começaram, e eu precisava tirar essa nhaca pra seguir confiante. Mas mantive o foco e não fiz nada especial para a prova das 15 milhas. Treinei normalmente na semana, fiz o longo de 25k na segunda-feira, o fartlek na quarta, a musculação como de costume. Se tivesse que ser, seria.

E, já na retirada de kits, a Yescom tão criticada parecia que faria sua parte: opção de retirada na quinta, sexta ou sábado. Escolhemos a sexta por volta das 9:30h da manhã e estava vazio. Chegamos, ganhamos uma degustação de água de coco e retiramos rapidamente o kit, composto de bonita sacola, camiseta azul, número de peito diferenciado pra cada distância, caixa de 1L de água de coco, 250g de café e um sachê de gel. Os patrocinadores mandaram bem e o valor da inscrição ficou ainda mais bem pago.

A CORRIDA

Chegamos com boa antecedência para a largada, com o objetivo de encontrar os amigos, alguns iriam estrear nos 42.195 metros da Maratona. Vários deles, até então, apenas virtuais. Viva a corrida que nos dá a oportunidade de fazer novas amizades.

O #casalquecorre e o atleta Giovani dos Santos,
que não concluiu a prova
Prontos pra mais uma!
A arena estava muito bem montada na praça do Obelisco e tivemos a chance até de tietar a elite, que fazia seu aquecimento na tenda da Yescom. O guarda-volumes das 15 milhas estava instalado em ônibus que de lá seguiriam para a USP, onde estava montado o pórtico de chegada dessa distância. Havia baias de ritmo mas que, como quase sempre acontece, não são respeitadas, então a largada ficou bem cheia com todas as distâncias largando juntas: a maratona, as 15 milhas, as 5 milhas e a caminhada de 2 milhas.
Passamos pelo pórtico já com 4 minutos de prova, mas outros demoraram até 10 minutos para conseguir dar a largada.

E os cerca de 16.000 atletas seguiram assim meio embolados até o 4º Km, quando a galera das 5 milhas fez o seu retorno. A partir daí, houve mais espaço e o meu pace que vinha um pouco acima de 5:00/km já caiu para 4:50/km.

E a organização da prova? Para mim, perfeita. Água havia até demais, não contei exatamente mas encontrávamos um posto a cada 3 Km, senão menos. Staffs incentivando, havia muitos. O Gatorade, entregue em saquinho fechado como já havia sido na São Silvestre, permite que você continue correndo enquanto bebe sem que seu nariz fique alagado. O percurso, bonito e praticamente plano, teve ainda a ajuda da temperatura entre 18º e 20º até mais ou menos as 9:20 da manhã, quando então o sol começou a aparecer para os maratonistas e para os corredores das 15 milhas que ainda não haviam chegado.

Passagem pela Ponte
Cidade Jardim
E a nhaca? Nem sinal dela! Apesar do meu relógio ter parado de mostrar o pace (ritmo em tempo real) quando passamos pelo longo e sufocante Túnel Tribunal de Justiça após o 3º Km, eu podia acompanhar o ritmo médio no visor, e ele só melhorava a cada quilômetro. Depois, ao sincronizar o relógio com o computador, pude ver as parciais Km a Km e isso se comprovou, mostrando que após um Km 1 a 5:45/km e o 2º a 5:04/km, iria terminar a prova com pace de 4:35/km no último quilômetro, média geral de 4:48/km.

E eu me sentia bem durante o percurso, com a ajuda psicológica de correr a prova inteira fazendo ultrapassagens já que muitos ali corriam a distância maior e portanto mantinham um ritmo mais conservador. Isso ajuda bastante a dizer para o seu cérebro que você está inteiro, que é só continuar assim e manter o foco.

De quebra, passei na marca de 21k em torno de 1h40m de prova, conseguindo meu recorde mundial pessoal na meia-maratona que até então era de 1h43m17s  e que eu tentei sem sucesso superar em março. Foi preciso uma distância um pouco maior pra que eu conseguisse o feito simbólico.

Sempre comemorando mais um desafio vencido.
Como a chegada dos 42k seria novamente no Ibirapuera, ônibus da organização levaram os atletas das 15 milhas de volta. Uma pequena fila mas muito tranquilo, cerca de 10 minutos no máximo e já estávamos saindo dali pra acompanhar a chegada dos amigos na arquibancada montada de frente para a chegada.

Medalha bonita, com inscrição diferenciada
pra quem correu a distância maior


O Kit pós-prova teve mais um gatorade, outra embalagem pequena de água de coco, maçã, pão de mel e barra de cereal. E uma linda medalha com a inscrição das distâncias menores, deixando a de 42k exclusiva pra quem fez a maratona.

Se a Yescom precisava de uma prova pra se redimir e mostrar que está empenhada em corrigir o erro de outras corridas organizadas por ela, ela conseguiu.
Se eu precisava de uma prova pra me mostrar que é preciso fazer o treinamento com inteligência, entendendo que a periodicidade é importante e que não adianta achar que o rendimento vai simplesmente subir a cada prova, eu também consegui. Feito um bom treinamento de base após a meia em março, o resultado já começa a aparecer com um bom desempenho em provas, claro sempre avaliando pelo meu padrão, nunca pelo dos demais. Cada um com sua realidade.

Quem sabe em 2016 não estaremos novamente nessa prova, mas dessa vez na distância maior? Vamos ver o que nos reserva o futuro.

LEIA TAMBÉM


O relato do Fábiohttp://fabionamiuti.com/corrida/msp2015.htm

O relato do Adilsonhttp://minhamedalha.blogspot.com.br/2015/05/xxi-maratona-internacional-de-sao-paulo.html

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2 comentários:

  1. Show Luiz!

    Ótimo relato! Adorei a leitura! Pra cima!!!
    Parabéns!!!

    Abs! Sirlan Pedro

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  2. Muito obrigado pela visita, meu amigo!
    Parabéns pela prova, você não só correu os 42k como foi muito bem, arrasou mesmo. Vou treinar mais porque também quero fazer o mesmo em julho!
    Grande abraço e bons treinos.

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