segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Santos Dumont voou, eu corro

Prova: Circuito Popular de São Paulo - Etapa Santana
Local: Praça Herois da FEB - São Paulo / SP
Inscrição: Gratuita
Data: 18/08/13
Distância: 4,6k (3ª)
Geral: 6ª corrida - 2013: 6ª corrida 
Tempo: 22'15'' - Ritmo: 4:50 min/km
Classificação geral masculino: 383 - Categoria (35-39): — 

Para quem está iniciando nas corridas, as recomendações mais empolgadas são pra que você corra, no máximo, uma prova por mês. Mas como resistir à vontade de correr, tendo mais uma prova gratuita, em mais um ponto importante da cidade de São Paulo e com percurso totalmente plano? Lá fomos nós, enfrentar mais uma vez o friozinho e emplacar dois domingos seguidos de prova.
Calça e manga comprida pra enfrentar a temperatura baixa
Eu acho que criei muita expectativa para essa prova. É chato ficar reclamando, principalmente com relação ao Circuito Popular que me possibilitou entrar no mundo das Corridas de Rua e pelo qual eu já corri cinco provas, sem pagar nenhum tostão.

Na chegada, tudo perfeito. Conseguimos estacionar próximo a Praça Força Expedicionária Brasileira, local da largada. No caminho, já viemos curtindo o percurso, pela Avenida Olavo Fontoura, contornando a Praça Campo de Bagatelle (onde há uma réplica do 14 Bis de Santos Dumont) e seguindo pela Avenida Santos Dumont, passando em frente ao Aeroporto Campo de Marte. Nem me dei conta que já era 6:30h da manhã e as avenidas não estavam interditadas. Eu havia imaginado como seria lindo os corredores contornando a Praça Campo de Bagatelle na ida e na volta...

Praça Campo de Bagatelle, tem esse nome em homenagem ao local onde
Santos Dumont decolou com seu 14 Bis pela primeira vez.
Palco de muitos eventos em São Paulo como a Marcha para Jesus.
Pegamos o Kit pré-prova sem problemas. Deu tempo pra usar o banheiro químico, tirar algumas fotos, encontrar alguns conhecidos das etapas anteriores e os amigos Marcelo Barreto e Ana Cristina, que estrearam semana passada na Etapa Itaquera e já estavam conosco novamente pra mais uma corrida!

Foi a partir daí que a organização pisou na bola. Após a largada, assim que saímos da Praça Herois da FEB e entramos na Avenida Santos Dumont, o percurso se estreitou. Das três faixas disponíveis, duas ficaram para os carros e aos corredores restou a faixa separada pelos cones. E o percurso seguiu assim pela Olavo Fontoura e depois na volta pela Santos Dumont novamente. Pra piorar, mais uma vez o pessoal da caminhada largou junto com a galera da corrida, e como a caminhada faz o retorno na metade do percurso, quem fez um pace acima de 5:30 min/km encontrou-os no caminho. Muitas crianças, percurso embolado, gente querendo correr misturado com gente que queria andar, foi aquele furdúncio.

Correndo com a câmera na mão...
depois dessa corrida desisti dessa prática rsrs

Eu não cruzei com os caminhantes, mas quase fui prejudicado pela minha própria estratégia. Empolgado com o meu recorde pessoal batido na última prova (24'38'' nos 5k do Parque do Carmo), eu pensei que poderia forçar um pouco mais o ritmo, já que esse percurso era totalmente plano. Talvez eu conseguisse ir bem, se largasse num ritmo um pouco mais confortável e acelerasse depois, mas a verdade é que o gás acabou no terceiro quilômetro. Aí foi uma luta contra o psicológico, o corpo queria diminuir, eu queria manter a velocidade. Toda hora olhava no visor do monitor cardíaco que comprei durante a semana e estava estreando naquele dia. Os batimentos estavam bem, o problema eram as pernas e o gás mesmo.

Senti o ritmo caindo, depois pelo gráfico do Micoach pude ver que não caiu tanto, foi mais a impressão mesmo. Terminei a prova com um pace bom, de 4:50 min/km, seis segundos por quilômetro abaixo do pace da última prova, mas fui ajudado por mais uma falha da organização: a prova não teve cinco quilômetros, mas 4.600 metros. Durante a semana seguinte as reclamações dos usuários na página do Circuito Popular foram muitas.

Medalha padrão como é costume no Circuito Popular
Foi nessa prova que eu aprendi que a corrida não segue uma lógica perfeita. Meu melhor pace até aqui havia sido em Interlagos, mesmo com todas as subidas daquele percurso: 4:48 min/km, porém aquele percurso teve apenas 4.200 metros. Meu melhor tempo nos 5k foi no Parque do Carmo, com 24'38'' e um pace de 4:56 min/km. E em Santana, com o percurso totalmente plano e um pouco mais de experiência, tinha tudo pra fazer um tempo muito bom, mas não foi assim. Também não foi ruim, acho até que foi ótimo para minha 6ª corrida. O problema é que quando há aquela sensação de "poderia ter sido melhor", a impressão é de que o resultado não foi bom.

Como última falha, a organização não divulgou a colocação por categoria. Eu não deveria me preocupar com isso no estágio em que estou, mas muitos se decepcionaram também com essa omissão. Acredito que o Circuito Popular seja maravilhoso para o que se propõe, que é gerar oportunidade para que as pessoas possam participar das corridas de rua sem gastar com inscrições a preços altos. Possibilita também que possamos correr em bairros geralmente não contemplados pelas provas da iniciativa privada.

Tudo isso é muito bom, mas um pouco mais de cuidado na organização tornariam essas provas muito melhor avaliadas.


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2 comentários:

  1. Eu também já aprendi Luiz, que a corrida não segue uma lógica perfeita. Na última corrida eu fiquei sem a referência das placas sinalizadoras do 1º e do 2º quilômetro e como não uso GPS, eu jurava que estava com um pace de 5'50" por aí e, dancei. Acho que inúmeros fatores internos e externos influenciam... é aquela coisa do dia bom e do dia ruim, hêhê!!! Teve uma prova aqui no Rio no início de março desse ano, na área portuária, na qual as ruas eram estreitas e os caminhantes largaram junto com os corredores. Moral da história: corri os dois primeiros quilômetros pelas calçadas esburacadas do Porto; eu e vários outros corredores... Na semana seguinte as reclamações também pipocaram em cima dos organizadores, hêhê!!!

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  2. É meu amigo, se no Circuito Popular onde as inscrições são gratuitas, há reclamações, nas provas privadas qualquer deslize o pessoal já fica ouriçado, afinal pagamos e muitas vezes um preço bem salgado.

    A culpa nem é tanto dos caminhantes, claro que tem alguns que esquecem que estão dividindo espaço com corredores e formam aquela barreira, chegam a andar de mãos dadas, etc. Mas o erro mesmo é da organização. Na Corrida da Longevidade, do Bradesco, achei fantástico o lance da corrida começar às 7:30 e a caminhada as 8:30h. E enquanto a galera caminhava, os que tinham corrido dançavam embalados por um trio de dançarinos no palco hehehe (menos eu que não danço nada rsrs)

    Quanto ao tempo, você tem toda a razão: dia bom e dia ruim. Olha por exemplo a prova da Adidas em SP, tudo contribuía pra que você fosse mal, e você bateu seu recorde!

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