terça-feira, 1 de outubro de 2013

Avançando para o nivel 2

Prova: Circuito das Estações - Etapa Primavera
Local: Praça Charles Miller - São Paulo / SP
Inscrição: R$94,90 (+R$4,90 de taxa de conveniência)
Data: 29/09/13
Distância: 10k (1ª)
Geral: 8ª corrida - 2013: 8ª corrida 
Tempo: 51'38'' - Ritmo: 5:10 min/km
Classificação geral masculino: 422 - Categoria (35-39): 86

De início, era pra ser apenas mais uma corrida, que foi escolhida de forma que nossos amigos cariocas, que vinham correr a primeira em São Paulo, pudessem se sentir mais à vontade – prova da O2, da qual são sócios e estão acostumados a correr; circuito no Pacaembu, local de fácil acesso e com um percurso bacana até pra quem já é de Sampa, por causa do Estádio do Pacaembu como plano de fundo.
Mas a coisa foi além, e muito além. Já na preparação e definição de que essa seria a prova em que faríamos inscrição pra que eles pudessem vir, notamos que aqui em São Paulo o Circuito das Estações realiza largada em horários diferentes para 5k e 10k. Meu amigo Wanderson Freitas não pensou duas vezes, e me "intimou" a correr os 10k com ele e a Sandra Salles. Num primeiro momento, pensei que era loucura, estou começando, como posso já ir para os 10k? Nos treinos, só tinha atingido essa distância uma única vez... mas corredor é louco, já sabemos disso. Aceitei!


Depois de 4 meses do meu início nas corridas,
chegou a hora de subir um nível.
Toda corrida dura muito mais do que os minutos (ou horas) que ficamos na pista. Além dos treinos, tem também tudo que envolve a prova muito antes da largada e bem depois da chegada. Mas essa prova foi especialmente longa, nesse sentido. A minha ansiedade foi somada a ansiedade dos amigos do Rio, que acompanhavam conosco cada notícia nova, como a divulgação do local para retirada dos kits, por exemplo.

Mas o ponto alto foi mesmo o fim de semana da prova. Nossos amigos chegaram no sábado e se instalaram num hotel ao lado da Praça Charles Miller, que já estava sendo preparada para a prova. Mais tarde, fiz questão de pegá-los lá pra juntos irmos ao Chopp Time Guarulhos, onde com outros amigos amantes de música e membros da comunidade Calouros que Fizeram História, passaríamos momentos agradáveis ao som de um certo cantor Luiz França rsrsrs

Aquecimento para a prova: o calor dos amigos
Quem ta na chuva é pra se molhar, diz o ditado. Eu paro de tocar às 00h, e resolvi entrar de vez naquela dança, lembrando Renato Russo. Pegamos nossos amigos Wanderson Freitas, Belisa Maia e Sandra Salles e, em vez de levá-los direto para o Hotel Transamérica, passamos antes em casa, pegamos as coisas e resolvemos também passar a noite ao lado da arena. Bora curtir a vida, pois dizem que ela é curta.

Praça Charles Miller vista do 20º andar do
Hotel Transamérica, horas antes da prova
Dormir pouquíssimas horas antes de uma prova já é detalhe ao qual estou acostumado, pois as provas são sempre aos domingos de manhã e eu costumo ir dormir por volta das 2h do sábado pro domingo, devido ao trabalho. Mas é incrível como corredor acorda feliz às cinco da manhã de um domingo. Só quem corre entende.

Todos prontos para ir para a arena
Correr é bom. Correr com amigos é muito melhor.
Tudo isso, e ainda faltava correr! O clima ajudou, a temperatura estava baixa mas não choveu, contrariando as melhores previsões. Então era assistir e torcer por minha esposa Kelly e a amiga Belisa, que largaram às 7:30h para os 5k. Até isso foi novidade, pois na maioria das provas a largada costuma ser junto para todas as distâncias.

E lá fomos nós, também para a nossa largada. Eu tinha como parâmetro meu melhor tempo em treinos para os 10k: 53'30'', em pista totalmente plana. Era essa a minha meta para essa corrida, repetir esse tempo. Largamos ao som de Sweet Child O'Mine e cada um seguiu no seu ritmo, com a nossa amiga Sandra Salles disparando na frente.

De ouvido atento ao GPS do Micoach pra não forçar demais e quebrar no final, fui seguindo bem pela Avenida Pacaembu, no trecho plano do percurso. O primeiro desafio viria na subida de acesso ao Minhocão. Foi a única subida mais forte, apesar de que o Elevado não é plano, porém não tem nenhuma inclinação mais intensa. E foi no elevado que eu alcancei a Sandra, que depois me disse que forçou um pouco no começo e depois da subida teve que diminuir um pouco o ritmo.

Com a Sandra à minha esquerda (direita da foto),
eu segui durante quase todo o percurso.
Eu terminaria a prova com um tempo bem melhor do que o esperado: 51'38''. Muito provavelmente, a presença da Sandra tenha colaborado, porque eu sabia que ela manteria um ritmo constante já que seu pace era bem próximo de 5 min/km e ela já tem experiência nos 10k. Se eu não a tivesse alcançado, talvez diminuisse o ritmo no final e fizesse um tempo maior, mas a verdade é que ainda sobrou um gás pra um pequeno sprint no último quilômetro.

Hora de tirar o fone de ouvido e focar só na linha de chegada
Na verdade, foi um dia de quebra de recordes pessoais, o que talvez sirva pra provar que além dos treinamentos e da condição física no dia da prova, existe aquele algo mais que faz a diferença. E o algo mais para o nosso grupo foi muito forte nessa corrida.

Toda chegada é emocionante
Paulistas e cariocas vitoriosos: todos melhoraram seus tempos
Se há tantas alegrias e vantagens em participar das corridas de rua, talvez alguns questionem o fato de eu me preocupar com o tempo, sempre tentando melhorar meu desempenho. A verdade é que existem alguns motivos, por exemplo: na corrida, diferentemente de outros esportes onde só o campeão é valorizado, chegar já é uma vitória. Chegar à frente, mesmo que seja de você mesmo em comparação com a corrida anterior, é uma conquista. E tem ainda o lance da motivação, aquilo que te faz treinar, não perder o foco. Cada um tem os seus motivos, o meu é seguir melhorando, claro que sem neuras, numa boa, mas é o que me move.

Uma das tantas coisas legais que vejo nas corridas é que, por mais que você queira fazer um ótimo tempo, você se preocupa com o tempo do amigo, você se alegra com cada segundo que ele consegue baixar. Talvez não seja exatamente assim com os corredores de elite, para os quais o que importa é chegar ao pódio. Mas para nós, de nível iniciante ou intermediário, a vitória do outro é também a sua vitória.

O Circuito Adidas tem as inscrições mais caras entre as provas que já participei. Mas deixou uma ótima impressão, tanto na organização, quanto na qualidade do kit. O clima festivo da prova é um ponto forte, e pra terminar uma linda medalha bem desenhada e com cores vivas.

Existem N opções de circuitos e também de valores para os corredores paulistanos. Desde as provas gratuitas até as que visam nitidamente uma elitização do seu público, como a Track & Field Run Series, das lojas Track & Field que acontecem em shopping centers. Todas valem a pena participar, e se não podemos ir em uma, vamos em outra. Algumas empresas organizam as corridas para obter lucro, como um negócio (caso da O2). Outras, para fortalecer a marca (Circuito da Longevidade Bradesco, por exemplo). Outras, ainda, para promover uma causa (entre elas, a corrida Caminho da Paz).

No começo, eu até entrei numa de criticar as provas mais caras. Hoje penso diferente. Talvez uma São Silvestre, com tanto patrocínio forte como a poderosa Globo, pudesse cobrar uma inscrição mais barata (hoje o valor está acima de R$100,00). Mas, se existe público, o que fazer?

O que importa, mesmo, é que não faltam corridas em praticamente todos os finais de semana. Basta escolher uma, e queimar o asfalto, a pista, a trilha...

Avenida Pacaembu e Minhocão sem carros:
Mais uma vez, dominamos a Freeway!

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4 comentários:

  1. Muito bom o texto e melhor ainda rever e relembrar esses momentos. Essa corrida com certeza ficará marcada pra sempre para nós. Parabens pelo blog Luiz. Uma ótima forma de eternizar os momentos de cada prova.

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  2. Muito obrigado, Belisa, realmente ficará marcada pra sempre!
    E parabéns pelo recorde pessoal batido nessa prova!

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  3. Foi tudo inesquecível Luiz... Não só o final de semana, não só a corrida. Como você mesmo disse, desde a ideia de participar de uma corrida fora do Rio de Janeiro, passando por escolher o Circuito Adidas Primavera São Paulo no mês do seu aniversário de Casamento. A inscrição, a reserva do Hotel, o envio, por SEDEX, da autorização para você pegar nosso Kit, a viagem, o show maravilhoso de sábado a noite e o encontro com amigos queridos, a companhia do casal de amigos paulistas no pernoite no Transamérica, a expectativa de chuva. as largadas para os 5 e 10K, a prova em si, A alegria de ver vários recordes quebrados, o café da manhã, a viagem de volta com gosto de quero mais. A busca pelas fotos nos sites especializados... Tudo absolutamente mágico. A história ainda não acabou. Vem aí a segunda parte no Adidas Verão RJ. A magia continua e... VAMOS QUE VAMOS!!!

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  4. Seu comentário conclui a postagem, Wanderson! Como sempre, você é fera em passar para o texto as alegrias vividas, isso desde os encontros musicais da calouros rsrs... valeu, e vamos que vamos! Hehe

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