Mais uma no quintal de casa

Prova: Circuito Popular - Etapa Vila Matilde
Local: Vila Matilde - São Paulo / SP
Inscrição: Gratuita
Data: 23/11/14
Distância: 5,1 k (14ª)
Geral: 36ª corrida - 2014: 21ª corrida 
Tempo: 21'08'' - Ritmo: 4:08 min/km

Classificação geral masculino: 20º (de 201) - Categoria (35-39): 1º (de 36)
Resultado oficial: http://www.cronoserv.com.br/resultados/800107/5k-geral-mf/


Amigos, não é novidade pra ninguém que uma das minhas motivações para correr é baixar os meus tempos, superar o limite anterior a cada prova. Me divirto com isso, curto cada quilômetro de cada corrida, e no final comparo meu desempenho e não sinto nenhuma frustração caso não bata algum recorde pessoal, mas fico muito alegre se essa barreira é rompida.

Tudo isso é verdade e é uma competição contra mim mesmo: o Luiz de hoje contra o Luiz de ontem, na última prova, do ano anterior. Mas, quando abri o resultado e vi lá o número 1 na frente da categoria, a alegria foi maior. Já havia ficado surpreso com o 7º lugar geral na I Corrida Desenvolvimento Zona Sul, e esse "pódio virtual" veio aumentar a lista dessas pequenas conquistas que dão um gosto ainda maior para o já extremamente prazeroso hábito de correr.

A Etapa Vila Matilde não estava na programação do Circuito Popular. Depois de participar da corrida no Jardim Botânico no domingo 16/11, minha esposa e eu havíamos decidido só correr em dezembro, para dar um freio na sequência de domingos com provas. Mas essa etapa surgiu de repente e foi tentador: ao lado de casa, num percurso plano, inscrição gratuita. Não tivemos dúvidas.

#casalquecorre

O percurso foi o mesmo da Corrida Droga Mata, da qual participamos em maio. Totalmente plano, em uma única reta com um retorno na metade do trajeto, portanto perfeito pra quem quer fazer tempo. Naquela oportunidade, escolhi correr ao lado da esposa, mas dessa vez também quis quebrar meu Recorde Mundial Pessoal.

Os kits foram retirados somente no sábado, na Associação Amigos de Vila Matilde, onde funciona também a Associação Droga Mata Esporte Salva. Com duas outras etapas acontecendo no mesmo domingo, além de outras corridas com grande procura como a Record na Rua, a adesão foi pequena. Isso foi percebido no domingo na arena da prova, onde deu tempo de encontrar amigos e alinhar para a largada colado na fita ao lado do campeão Silas Fherrer que mais uma vez levaria o troféu, e do amigo Silas Nogueira que também ficaria em primeiro na sua categoria.

Luiz França (1º 35-39), Silas Fherrer (1º geral) e Silas Nogueira (1º 50-54)

Por largar ao lado dos feras, acabei fazendo meu primeiro quilômetro mais rápido até agora: 3m51s. Isso teve seu preço, e a repiração ficou bem ofegante,afinal correr abaixo de 4x1 ainda está longe da minha realidade. Procurei rapidamente reduzir o ritmo antes que o gás acabasse, o que seria desastroso para o final da prova mesmo sendo uma prova curta.

Completei o 2º quilômetro em 4:11 e o terceiro em 4:15, já depois do retorno. Passei direto pelo posto de hidratação sem pegar o copo e ainda completei o 4º Km em 4:11 novamente.

Nos últimos 500 metros fui ultrapassado pela campeã feminina. Ali eu estava bem cansado e já ciente que quebraria meu RP concluí o último quilômetro um pouco mais lento que os outros, acelerando ainda num sprint final nos 100 metros a mais que a prova teve. Resultado: 21m08s, contra 22m08s obtidos na Etapa Aricanduva, com a mesma distância de 5,1k. Recorde Mundial Pessoal quebrado em um minuto.

Objetivo alcançado, pude mais tarde já em casa receber o presente de ver que fiquei em primeiro em minha categoria, apesar de não haver essa premiação no Circuito Popular. É um prêmio simbólico, um incentivo a mais pra continuar pegando pesado nos treinos e seguir com determinação.

Amigos virtuais que se tornam reais: Hugo Peroni, do blog
Desbravadores de Sampa

A medalha, como tem acontecido nessa temporada do Circuito Popular, foi igual às das outras etapas. Não houve frutas ou qualquer outro mimo após a prova, além da água. Uma prova simples, mas valeu a pena participar. Para quem mora longe, talvez não seja vantagem o deslocamento, mas para quem mora na zona leste o acesso fácil pelo metrô torna essa uma opção interessante de nova etapa no Circuito. E, segundo um responsável da Associação, ela deve continuar fazendo parte nas próximas temporadas.