terça-feira, 21 de junho de 2016

Maratona do Rio - e tome outra quebra

Tudo bem que não é em toda prova que vamos quebrar nossos Recordes Mundiais Pessoais. Tudo bem que, dadas as circunstâncias, eu sabia que só um milagre faria eu correr bem essa maratona. Isso pelo menos evitou que eu saísse de lá frustrado.
Caminhar numa prova não é motivo de vergonha, claro. Mas inevitavelmente nos mostra que não estávamos devidamente preparados: se é uma prova de corrida e fomos lá para correr, caminhar é aceitar o fracasso, ainda que seja um fracasso momentâneo, um fracasso relativo - afinal, o último a chegar numa prova, principalmente uma maratona, ainda está muito à frente daqueles que não se atreveram a enfrentá-la.
Sei disso tudo, mas não posso negar: a minha segunda maratona mudou algo em mim com relação à corrida de rua. Antes de concluir a prova com muita dificuldade, eu já sabia que ali estava um divisor de águas.


A véspera: rodizio de pizza com os Amigos que Correm
Foto: Pinguim
Hoje, escrevendo esse relato quase um mês depois da maratona, passa todo um filme na cabeça. O mais interessante é que não é daqueles filmes onde o final surpreende: nesse, fica claro que não havia como ser diferente. Poderia, até mesmo, ter sido pior.
A verdade é que o sonho era bater o recorde da maratona anterior, concluída em 3h46m17s. Naquela, aliás, eu também cheguei a caminhar: mas por pouco tempo, devido a câimbras que eu temia encontrar dessa vez.
Mas, em minha primeira maratona, eu treinei bastante. Fiz longos que ultrapassaram os 35 quilômetros. Nessa outra, nenhum foi além dos 29 Km. A rodagem semanal então, uma lástima: pouquíssimas vezes, nos cinco meses anteriores, passou de 50 km. Isso é rodagem de treinamento para 10k.

Mas eu fui lá mesmo assim, afinal inscrito eu já estava desde o ano anterior. Já sabia que não tinha treinado adequadamente, e já tinha decidido, antes mesmo de correr, que daria um tempo das maratonas, pelo menos enquanto trabalhar como bike courier, um trabalho que exige bastante do corpo, principalmente das pernas. Não que seja um impeditivo - afinal, o que dizer dos triatletas? Não correm eles maratonas depois de terem nadado e pedalado? E o treinamento para provas assim?
Mas não eu. Eu não estava preparado. Meu corpo ainda não assimila esforços tão grandes. Por isso falhei com a dedicação para os 42k, com a ilusão de que os quilômetros rodados na bike serviriam de endurance e que eu só precisava realizar os específicos na corrida com o objetivo de melhorar o VO2max e a técnica. Eu queria acreditar nisso, e talvez até seja verossímil essa lógica, desde que eu fosse orientado por um profissional. Só com teorias adquiridas na internet fica muito difícil mensurar o que é adequado e o que é apenas girar lâmpadas.

Munição para encarar a pedreira
O grande dia, afinal, chegou. Reclamações à parte, sempre é uma delícia estar lá. O clima... o desafio... é disso que um corredor gosta. Impossível não se apaixonar - digo isso lembrando da minha primeira corrida, três anos antes nos 5k do Circuito Popular de SP - Etapa Vila Maria, em 26/05/13.
De lá pra cá, 52 provas oficiais e muitos quilômetros contam a minha ainda breve história como corredor de rua. Uma história que me faz tão feliz, que eu faço questão de manter esse blog pra que eu mesmo possa relembrar tantos momentos bons, sempre que quiser.

26/05/13: Nas ruas da Vila Maria e no Parque do Trote, sem possuir sequer uma camiseta
decente de corrida, eu me encantava pelas provas de rua
Nesse espírito, a largada foi dada. Como em 2015, largamos no sentido contrário, rumo ao Pontal do Tim Maia. Mas fizeram uma pequena mudança no percurso: dessa vez, após virarmos à esquerda e entrarmos na praia, não viramos novamente à esquerda; a curva foi para a direita, pra depois novamente virarmos à direita e voltarmos pela mesma avenida, dividida por cones. Ficou um pouco mais congestionado esse começo, não gostei muito da mudança.

Mas o ritmo a que eu me propunha, na casa dos 5:00 min/km, não foi atrapalhado. Mantive o pace até um pouco abaixo disso, como no ano anterior, aliás. No fundo, eu achava que, se em 2015 eu havia conseguido manter esse pace até quase o 30º Km, dessa vez, mais experiente, eu iria até o fim assim. Doce ilusão, novamente.

Pra atrapalhar, dessa vez o sol foi implacável. O domingo que amanheceu frio, após a largada já apresentava o astro-rei de frente para os corredores na interminável reta da Praia da Reserva. Não tinha pra onde escapar. A cada posto de hidratação (e, nesse ponto, a organização é impecável) eu bebia um golinho d'água e jogava o restante na cabeça. Nos pouquíssimos pontos de sombra, os corredores colavam na lateral da pista tentando beber daquele presente ofertado pelas árvores que se colocavam à margem do percurso. Mas eles eram raros, e a temperatura só aumentava.

Cheguei na marca de 21 Km mantendo o ritmo. A respiração vinha bem. Eu sentia leves dores nas pernas, dores às quais eu já estava acostumado por conta do trabalho na Bikentrega, que três dias de descanso não puderam apagar. Eu só torcia pra que elas continuassem no nível suportável em que estavam.

Mas tudo mudou quando começamos a subir o Joá. Propositalmente, diminuí o ritmo. Eu estava bem concentrado, e procurava refazer em minha mente os passos da maratona anterior, por isso calculava que ali não era o lugar para forçar. Subi o Joá (que me pareceu mais longo dessa vez) sendo ultrapassado por alguns corredores mais preparados - ou mais afoitos, quem sabe. E foi na descida, com a bela visão do mar à direita, que o meu martírio começou.

O corpo todo começou a doer. O ritmo da subida se manteve na descida, ou seja, eu não tinha mais forças para acelerar novamente. Eu me abalei, me assustei, afinal não estávamos nem no quilômetro 25. Praticamente trotei, tentando reorganizar as ideias. O percurso nos levou de novo à praia, numa preparação para a parte mais difícil da prova, a subida da Niemayer. Eu consumia meu estoque de suprimentos numa tentativa desesperada de recuperar as forças: gel de carboidrato, barra de proteína. Coloquei na boca uma goma de carboidrato antes de começar o aclive da Niemayer. E caminhei pela primeira vez.

Nem precisa legenda...
A partir daí, foi um misto de trote com caminhada. Não houve mais prazer em correr, só sofrimento. Ainda na descida da Niemayer um grupo de corredores acompanhados de um ciclista (?!) passou por mim e um deles fez uma piada pelo fato de eu vestir uma camiseta escrito Pace Suicida. Babacas há em todo lugar, é claro. Mas serviu de apoio, ainda que involuntário: como por mágica, voltei a correr, passei por eles e fui embora. Olhei no relógio: 4:40 min/km. Opa, pensei, vai dar ruim. Deu. Logo eu estava caminhando de novo. Caminhei tanto que pude curtir a orla do Rio, suas belezas naturais e artificiais, como as esculturas de areia em alusão às Olimpíadas que acontecerão em julho. Aquele grupo passaria por mim novamente, dessa vez a piadinha foi em volume mais baixo pois eles perceberam que meu ouvido era bom (coisas de músico), mas não tive forças pra dar a resposta. Deixei que avançassem, que sentissem o prazer de deixar pra trás alguém em piores condições. Pra muitos, a corrida é um desafio contra si mesmo, a outros é necessária alguma competição, tudo bem, é do jogo. Eu adoro a competição, mas prefiro uma mais sadia, na qual torcemos também pelo adversário. Um pouco paradoxo, mas quem corre entende.

Nesse instante, eu não imaginava que voltaria a correr naquele dia. A dor no quadríceps direito era tão forte que mesmo caminhando eu mancava, estava até com medo de uma lesão mais grave. Parei, tentei alongar, e uma câimbra que estava adormecida quase me fez ajoelhar de dor. Me ofereceram água, coca-cola, sal... tudo que na primeira maratona eu aceitei de bom grado, dessa vez recusei educadamente: meu problema não era de origem alimentar, eu me sentia bem, respiração tranquila, tudo sob controle menos as pernas.

Foi só no quilômetro 38 que, por alguma razão, voltei a correr, meio trôpego no início mas aos poucos desenvolvendo alguma coisa parecida com uma corridinha um pouco mais veloz. Passei por muitos corredores que agora caminhavam, incentivei a todos, muitos voltavam a correr quando ouviam esse incentivo, vamos lá, você chegou até aqui, falta muito pouco, tem uma medalha esperando por você ali na frente!, eram as palavras que eu dizia sem que eles soubessem que há poucos instantes eu me apresentava numa situação tão ou mais deplorável que a deles.

Quis o destino que eu terminasse a corrida com um pouco mais de dignidade
 Foi quando, logo à frente, encontrei um dos companheiros de grupo Pace Suicida. o Ernandes. Ele sentia dores, principalmente no lado esquerdo,mas não desistia. Emparelhei com ele e disse, vamos juntos, falta pouco!
Realmente faltava, o que são dois quilômetros pra quem correu 40, pode se perguntar o incauto. Mas esses dois quilômetros ao final de uma maratona parecem uma eternidade. Com o sol a pico, você deseja a linha de chegada não com o prazer costumeiro das provas mais curtas, mas com o desespero de quem só quer dar fim aquele suplício. Inexplicavelmente, eu sentia que, mesmo com dores, agora era capaz de correr até o final sem parar. Nosso corpo é mesmo uma máquina maravilhosa.

Uhuuu, lá está ela, a linha de chegada!
Cruzei o pórtico 40 minutos mais tarde do que da primeira vez. O tempo, por si só, não diz nada. Completar uma maratona em 4h26 pode ser medíocre para uns e maravilhoso para outros. Por isso que, com exceção dos profissionais que competem para chegar na frente dos adversários, a corrida de rua é uma batalha contra nós mesmos. Se eu tivesse completado minha primeira maratona com esse tempo, seria digno de nota. Mas como já havia feito a primeira abaixo de 4h, esperava no mínimo repetir o feito. Não deu.

Isso tudo faz parte, é claro. Mesmo pangarés como eu querem realizar façanhas. Por isso gosto desse grupo Pace Suicida. Infelizmente, alguns poucos não entendem o significado dessas palavras. Pensam que essa expressão significa que você corre muito, e por muito eles entendem a elite, aqueles que chegam sempre na frente. Pode ser, temos alguns cavalos assim entre nós. Mas o que significa mesmo correr no pace suicida é dar o seu melhor. O meu pace suicida pode ser 5:00/km, o do outro é 6:00/km e pra ele o esforço pra correr nesse pace pode ser até maior que o meu; ele estará dando o seu máximo, portanto estará correndo no seu pace suicida.
Eu jamais zombaria de alguém que caminha numa prova. Prefiro incentivar sempre, ou no máximo me calar em respeito. Mas, corredores não são de outro planeta - são humanos, e humanos encontramos de todas as faces. É assim em todas as profissões, em todos os esportes.

A emoção é sempre imensa
Durante 42 Km muita coisa passa pela cabeça. E, quanto mais demoramos a concluir essa distância, dá mais tempo pra passar coisas na cabeça. Entre elas, passou a vontade de desistir. De parar num quiosque, tomar uma água de coco, desligar o relógio Soleus e mandar tudo às favas. Mas, ao cruzar a linha, eu fiquei feliz por não ter tomado essa decisão. Se minha saúde estivesse em risco, eu me veria na obrigação de parar, mas não era o caso. Era dor, e a dor é uma companheira cruel que no esporte temos que aprender a respeitar e às vezes conviver com ela. De qualquer forma, ela sempre passa - a glória fica. Sim, há glória em concluir uma maratona mesmo tendo sido totalmente diferente do planejado. Você se propôs, você se preparou (mesmo que não tanto quanto deveria), você foi lá e realizou. Pronto, você tem uma história pra contar.

Linda medalha
No dia seguinte à maratona eu mal conseguia andar, mas pedalei 60 quilômetros. Não podia faltar ao trabalho, já havia faltado na sexta com o objetivo de tentar me poupar para a prova. Trabalhei mais uma semana na Bikentrega, quando por fim tomei a decisão de encerrar minhas atividades como bike courier.

Aprendi bastante nesse trabalho, fiz amigos, de certo meu condicionamento principalmente em cima da bicicleta melhorou muito. Mas não estava mais valendo a pena, não estava sendo prazeroso, e eu sou um maluco incorrigível: se não me dá prazer, eu não faço. Não que eu esteja tão bem financeiramente que possa desdenhar de um determinado salário, mas graças a Deus meu trabalho como músico ainda me permite tirar o meu sustento e de minha familia fazendo aquilo que gosto. Tem seus percalços como todo trabalho, não é tão glamour como muitos pensam. Me priva de muitas coisas, mas me dá espaço para outras, como ter um pouco de tempo livre para fazer outras coisas que amo, como correr por exemplo.

Decidi me dedicar a treinar um pouco mais sério, e para isso minha esposa e eu entramos em uma Assessoria Esportiva. Escolhemos a Balbino Performance por termos amigos lá e já conhecermos o treinador e atleta Balbino Santos.
Em três anos treinando sozinho, sinto que evoluí muito, isso é possível acompanhar facilmente observando minhas corridas. Mas percebemos que chegamos a um ponto de estagnação. Não é tanto visando os tempos finais nas provas, mas principalmente objetivando correr com mais qualidade, orientados por alguém com conhecimento. O prazer de correr aliado a um pouco de desenvolvimento técnico não faz mal a ninguém.

Continuo aceitando que correr e treinar por si mesmo seja sim uma opção e que, se o atleta se dedicar bastante, obterá bons resultados. Buscando um pouco mais de conhecimento, conseguirá evitar lesões e atingir objetivos bem palpáveis no esporte, sabendo claro que somos amadores e que há um limite quase intransponível para o qual não adianta olharmos adiante.
Mas, como em todo processo, ser autodidata requer um nível de esforço e dedicação altíssimo pra alcançar os mesmos resultados do que alguém que segue um plano elaborado por quem conhece os caminhos. Acho que é por aí. Chegou a hora de conhecer esses planos e ver até onde a corrida de rua ainda pode nos levar em matéria de rendimento.
Porque, em matéria de longevidade, não tenho dúvidas de que quero correr até quando Deus permitir.

Esse foi o divisor de águas que essa maratona trouxe. Em 2017, não pretendo correr maratonas. Talvez volte em 2018, mas por ora a intenção é praticar um recomeço. Um quase partir do zero, com o benefício de já ter avançado um pouco em matéria de condicionamento. Vamos que vamos.

Prova: Maratona do Rio
Local: Recreio dos Bandeirantes - Rio de Janeiro / RJ
Inscrição: R$100,00
Data: 29/05/16
Distância: 42,8 k (2ª)
Geral: 53ª corrida - 2016: 5ª corrida 
Tempo: 4h26'40'' - Ritmo: 6:14 min/km
Classificação geral masculino: 2085º (de 4133) - Categoria (35-39): 389º 
Resultado oficial: http://maratonadorio.com.br/resultado-maratona-masculino-2016/
Atividade no Strava: https://www.strava.com/activities/592492486

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13 comentários:

  1. Corrida de rua é um maravilhoso Luiz.
    Cheguei duas horas depois de você e comemorei muito mais.
    Contra toda lógica (por falta de treinamento adequado) consegui cruzar o pórtico de chegada.
    Essa foi nossa glória meu amigo... Dar o melhor de si para atingir o objetivo.
    Parabéns!!!

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    1. Com certeza meu amigo, seu exemplo se encaixa perfeitamente em meu relato.
      Nós somos doidos, afinal, mas é uma doidera com certo grau racional kkkk
      Grande abraço meu amigo, obrigado pela visita.

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  3. Parabens Luiz! Foi uma honra correr ao seu lado nesses ultimos 2km. Obg pela força! Ah... so p/ ficar registrado, é Ernandes, ta? Rsrsrs...

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    1. Hehe muito obrigado pela visita, Ernandes! A honra foi minha!
      O nome será corrigido, me desculpe o erro rs
      Grande abraço!

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  4. É isso aí Luiz, a maratona mudou meu jeito de pensar também, principalmente a deste ano, que não consegui concluir.
    Você tem razão quando diz que não há nada de errado em querer correr com prazer e mesmo assim melhorar performance, tenho este objetivo!
    De qualquer forma, meus parabéns pelo excelente texto e pela clareza em suas idéias e raciocínio, vou tirar algumas lições deste rico e sóbrio relato!

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    1. Muito obrigado pela visita, amigo, com certeza aprendemos e ganhamos experiência, você irá certamente evoluir muito, assim desejo! Muitos quilômetros pra você!

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  5. Parabéns por disponibilizar um tempo para deixar seus momentos registrados!
    Abraço! Sirlan

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    1. Obrigado pela visita meu amigo top Sirlan! Abração!

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    2. Obrigado pela visita meu amigo top Sirlan! Abração!

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  6. Bacana, Luiz, belíssimo relato, vibrante e gostoso de ler. Apesar das dificuldades e dos problemas, você realmente foi lá e fez, e isso tem um valor imenso, que nem sempre mensuramos de imediato. Parabéns pela conclusão da segunda maratona e que venham outras, melhores e mais prazerosas. Abraço!

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    1. Muito obrigado pela visita Fábio, você com sua experiência já passou por tudo isso, desde caminhar até atropelar tudo hehe
      Você sabe que me inspiro muito em você, é um vencedor. Grande abraço!

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    2. Muito obrigado pela visita Fábio, você com sua experiência já passou por tudo isso, desde caminhar até atropelar tudo hehe
      Você sabe que me inspiro muito em você, é um vencedor. Grande abraço!

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