Longevidade SJC

Prova: Circuito da Longevidade - Etapa São José dos Campos
Local: Parque da Cidade Roberto Burle Marx - São José dos Campos / SP
Inscrição: R$ 20,00
Data: 08/06/14
Distância: 6 k (2ª)
Geral: 24ª corrida - 2014: 9ª corrida 
Tempo: 27'32'' - Ritmo: 4:35 min/km

Classificação geral masculino: 192º (de 960) - Categoria (35-39): 34º (de 157)
Resultado oficial: http://www.corridadalongevidade.com.br/Sao_Jose_dos_Campos_-_2014/

Em 2013, a Corrida da Longevidade foi uma das provas que mais me agradaram, e que eu prometi repetir em 2014. Mas a entrega veio melhor que a encomenda: correr a Etapa São José dos Campos foi a melhor decisão que tivemos, minha esposa e eu. E assim fomos nós, mais uma vez, correr no Vale do Paraíba.


O prazer de correr pela primeira vez em algum lugar, por si só já se explica. Em uma cidade nova, certamente é maior. Mas sempre existe, é claro, a comparação financeira, a logística de tempo e dificuldade de deslocamento, enfim tantas variáveis que fazem com que muitos corredores prefiram as provas perto de casa.
Nós também não estamos com os bolsos generosos, mas é por isso mesmo que essa escolha foi sensata: o Circuito da Longevidade Bradesco realiza provas muito bem organizadas em todos os aspectos, por um valor de inscrição bem convidativo: apenas R$ 20,00. Dependendo da prova que você escolher em São Paulo, irá pagar R$ 100,00 fácil. E com R$ 100,00 dá pra ir a São José dos Campos (uma cidade linda), correr a prova, pagar o pedágio, o combustível e ainda comer uma pamonha na volta. Uma hora de viagem, mesmo tempo que levamos para chegar ao Autódromo de Interlagos na minha terceira corrida em 2013. Fica a dica: é possível unir o prazer do esporte ao de conhecer lugares novos ou rever outros, gastando o mesmo ou até menos do que uma única inscrição de corridas que às vezes nem valem o que cobram.

O prazer de curtir o amanhecer na estrada, quem
não gosta? Clicada às 6:30h da manhã na Dutra

A única dificuldade poderia ser a retirada de Kits, que a Longevidade não permite fazer no dia da prova, somente no sábado. Mas aí eu pude contar com a amizade dos Malucos do Asfalto, também conhecidos como Equipe 100 Juízo, mais precisamente o amigo Fábio Namiuti que retirou nossos kits (muito obrigado) e chegou à arena ainda mais cedo que nós, que chegamos às 7:10h, então tivemos tempo de sobra para colocação de número de peito e chip e o sempre bom bate-papo antes da largada.
Propositalmente, sabendo que eles estariam vestindo a camiseta alusiva ao Treino da Fé Taubaté-Aparecida realizado por eles no domingo anterior, fui eu também com uma camiseta amarela, para não ficar tão diferente.

Castor Meduza Homem-Aranha

Ricardo Mourão

Amigos da 100 Juízo, entre eles Fábio Namiuti, o 2º da esquerda
para a direita, responsável por retirar nossos kits

João Ávila

Silvio, O Corredor do Apito

O Parque da Cidade Roberto Burle Marx é muito bonito e possibilitou uma arena muito bem organizada. A largada entre as Palmeiras Imperiais ficou espetacular. E ela foi dada às 08:00h em ponto, com uma certa dificuldade para desenvolvermos um ritmo nos primeiros 500m pois a aglomeração dos 1500 corredores foi grande nesse trecho que saiu do Parque para pegarmos a avenida em frente só por alguns metros, para então voltarmos ao interior.

Bela participação do público tanto na largada quanto na chegada

Corredores de diversas cidades e, como havia
premiação em dinheiro, também países

O clima estava agradável apesar do sol e eu fui procurando controlar o ritmo pois tinha a pretensão de concluir a prova com pace na casa dos quatro e trinta. O percurso teve alguma dificuldade por conta do terreno, misto de terra, cascalho e grama, e um pouco barroso em alguns trechos. Por outro lado, extremamente bonito e agradável, todo por entre as árvores e até um lago. Esse ambiente me ajudou a aguentar a respiração difícil e manter o pace proposto com exceção do terceiro quilômetro que eu completei em 4m52s, pra depois me recuperar no quarto fazendo 4m24s e novamente sentir o cansaço caindo pra 4m48s/km no quinto quilômetro. Mas ao passar pela placa de 5k (todas elas muito bem colocadas) fiz o quilômetro mais rápido da prova com 4m22s.
Bem se vê que não foi a prova ideal, o ritmo oscilou depois do segundo quilômetro, mas acho que o fantasma do último quilômetro em que eu terminava geralmente "me arrastando" está ficando pra trás. E o resultado final, concluindo a prova com 27m32s está dentro da meta que eu queria, com ritmo de 4:35/Km.

Final da prova, já cansado. Foto: Equipe RW (Facebook)

Reta de chegada, foco no pórtico pra fazer o Km mais rápido
Foto: Aline Andrade (Facebook)

Uma linda medalha, isotônico, maçã e mexerica foram a recompensa. O resultado viria por SMS poucas horas depois e confirmaria meu Recorde Mundial Pessoal na distância, 1m53s mais rápido que a anterior. Distância, aliás, muito bem aferida, essa não teve metros a mais (o GPS marcou até a menos, 5.970m). Como eu disse, essa é uma organização que dá banho em muitas outras. Tem até troféu por categoria, mas aí reside a única "falha" da organização a ser mencionada: eles não entregam o troféu no pódio, como na categoria Geral. Isso já havia sido notado por mim na Etapa São Paulo, e muitos corredores criticam essa atitude. Bom, pelo menos premiam as categorias, algo ainda raro nas corridas de rua.

Às 9h foi dada a largada da Caminhada e um pouco depois a Zumba tomou conta da arena, mas como tínhamos que voltar dessa vez a minha esposa não ficou para dançar.

Se a Etapa São Paulo já tinha entrado no meu calendário anual de corridas, a Etapa SJC veio se juntar a ela. E, confirmando a beleza de correr etapas diferentes do Circuito, é provável que venhamos a participar também de etapas em outras cidades. Rio de Janeiro ainda em 2014, quem sabe?

Leia também:

• O relato do O Corredor do Apito
• O relato do Fábio Namiuti