Pelo terceiro ano consecutivo, o Instituto Olga Kos realiza sua corrida e caminhada com o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de apoio às crianças com Síndrome de Down. São duas provas, uma no primeiro trimestre com largada na Praça Charles Muller e outra no quarto trimestre com largada no Ibirapuera. Mais uma vez, foi um evento fantástico, com largada separada para os 5k às 7h e os 10k às 8h, presença dos alunos do Instituto, uma linda medalha e boa camiseta.
Tudo isso com inscrições a R$27,50, não dá pra perder. Melhor ainda é chegar a essa prova preparado pra buscar um bom resultado e conseguir não só o recorde mundial pessoal nos 10k como baixar o tempo do ano anterior em mais de dois minutos.
Quando temos uma prova esporádica, baixar tempo não costuma ser um objetivo. Prova esporádica é aquela prova que não faz parte da nossa periodização, não é uma prova-alvo. Corremos provas assim para usá-las como treino de ritmo, para nos manter motivados, etc. E a Olga Kos, esse ano pra mim entrou como prova esporádica na planilha, já que a prova-alvo é a Meia Internacional da Cidade de São Paulo (Meia da Corpore) da qual participarei dia 02/04/17, essa sim com o objetivo de melhorar meu tempo na meia-maratona.
Porém sabemos que nossos resultados nas provas dependem de diversos fatores, e no último domingo esses fatores se combinaram pra que eu chegasse confiante à arena: o calor que vem nos fazendo sofrer há meses deu uma trégua, eu estava descansado, bem treinado já entrando no período de polimento da planilha para a Meia, pude dormir bem na noite anterior pois cheguei do trabalho pouco depois das 23h.
Como a nossa largada seria às 8h, não precisamos sair tão cedo de casa. Às 6h45 minha esposa e eu estávamos na estação Carrão do Metrô com nossas bicicletas. às 7h20 desembarcamos na estação Marechal Deodoro, seguimos pela ciclovia sob o Minhocão e entramos na Av. Pacaembu acompanhado os atletas que já concluíam a corrida de 5k. Já na Praça Charles Muller só tive tempo de um tomar um cafezinho e deixar as coisas na tenda da equipe Balbino Performance e sair para o aquecimento. Na hora de alinhar para a largada, tive que ralar um pouco pra não largar muito atrás, pois a prova estava bem cheia.
Havia uma certa preocupação por parte de alguns corredores pelo fato de a organização ter divulgado que não haveria posto de hidratação sobre o Elevado, seguindo uma determinação da prefeitura, conforme podemos verificar no alvará do evento. Felizmente a temperatura ficou na casa dos 19º e chegou até a cair uma leve garoa antes da prova dos 5k. Eu costumo sofrer muito com o calor e geralmente pego os copos d'água mais pra jogar na cabeça do que para beber, mas não me preocupei pois o clima ajudou.
Não houve atrasos. Às 8:02 ativei meu relógio passando pelo tapete de largada, e enfrentei um certo congestionamento na saída da Praça para a Av. Pacaembu. Nas últimas provas de 10k que participei, fui com a intenção de manter o ritmo de 4:15 min/km, mas não havia conseguido. Dessa vez, eu estava confiante, tudo indicava que eu conseguiria. Mas nesse primeiro quilômetro, graças ao "trânsito", o relógio apitou em 4:24.
Eu realmente estava bem e tranquilo, pois não me preocupei com isso. Em outra ocasião, poderia já sair fazendo cálculos e descobrindo que, agora, teria que correr os outros 9k abaixo de 4:15 se eu quisesse terminar no ritmo planejado, devido aos 9 segundos perdidos no primeiro quilômetro. Mas algo me dizia que isso aconteceria naturalmente. E não pude reclamar: logo no segundo quilômetro a pista já clareou bastante permitindo correr sem muitos zigue-zagues, tanto que a segunda parcial ficou em 4:09!
Quem é acostumado a correr nesse manjado percurso paulistano, palco de tantas corridas como a Caixa, o Circuito das Estações, entre outras, sabe que é nesse ponto que a prova realmente começa. Você vem de um declive leve que é a Av. Pacaembu e sobe a Rua Marta que tem aquele trecho curto mas de forte aclive, pra depois encarar o Minhocão com sua altimetria variada, várias subidas e descidas que se mal administradas nos levam à quebra. Mas eu subi a Rua Marta mantendo a passada, não deixei que o pace caísse muito e logo retomei o ritmo ao entrar no Elevado. Até o retorno da prova tudo correu bem: 4:13 e 4:11 foram as parciais do 3º e do 4º Km. Eu já sabia que essa prova, como no ano anterior, não teria os 10k, isso se confirmou no retorno que foi feito com 4,7k na altura da Rua Major Sertório. Como a organização da Olga coloca o pórtico de largada na saída da Praça Charles Muller e não na porta do estádio do Pacaembu como as outras corridas fazem, dá essa diferença de 200m no final. Mas enfim, esse quarto quilômetro se aproximando do retorno é praticamente todo subindo, ainda que uma inclinação leve, e após o retorno naturalmente descemos e nos preparamos psicologicamente pra segunda metade da prova. Foi aí que eu perdi rendimento no Circuito Caixa em outubro/16, então fiz uma rápida análise da situação e concluí que dessa vez seria diferente. Caí um pouco, pra 4:17 no fechamento do 5º Km, mas não dava sinais de esgotamento.
Realmente não teve água sobre o Minhocão. Não senti necessidade de me abastecer antes, no posto que foi colocado logo antes de subirmos o elevado. Mas como previ, não fez falta. Segui mantendo a passada, hora vendo os números no relógio subirem um pouco devido aos aclives, hora acompanhando uma melhora no pace e na respiração no momento dos declives. Como na foto acima, é possível perceber que o Minhocão só é plano pra quem passa de carro. O 6º km ficou em 4:08, o 7º em 4:15 e o 8º, antes de entrar novamente na Av. Pacaembu, 4:08.
Agora sim, entrando na Av. Pacaembu me servi de um copo d'água que bebi um gole e joguei o restante na cabeça. Nesse momento a respiração já estava bem ofegante mas eu já sabia que era dia de recorde, só precisava concluir a prova. Fechei o 9º km em 4:14 e confesso que não tive mais forças para acelerar nem mesmo para um sprint final ao entrar de novo na Praça, com 9760m de prova. Esses últimos 760m foram feitos mais lentos, com ritmo próximo de 4:25, o que me permitiu concluir a prova com ritmo médio de 4:15 e comemorar o recorde extra-oficial nos 10k, afinal se a prova não teve a distância completa, seria assim graças ao ritmo que eu vinha. E melhor, concluí bem, me sentindo inteiro dentro do possível após uma prova de 10k, confiante que está tudo no caminho certo para uma ótima participação na Meia daqui duas semanas.
Uma banana e uma linda medalha compuseram o kit pós-prova. Logo após saiu a caminhada com os alunos do Instituto, uma bela imagem de inclusão ajudando a diminuir as diferenças que infelizmente ainda existem na nossa sociedade. Parabéns a todos do Instituto Olga Kos!
Uma breve resenha na tenda da equipe e logo pegamos nossas bikes para a volta pra casa, afinal às 13h eu já estaria no Bar Brahma para a minha apresentação de todos os domingos.
Olga Kos Pacaembu 2016
Prova: Corrida e Caminhada Pela Inclusão Olga Kos - Ano III
Local: Praça Charles Miller - São Paulo / SP
Inscrição: R$ 27,50
Data: 19/03/17
Distância: 9,76 k (14ª)
Geral: 64ª corrida - 2017: 3ª corrida
Tempo: 41'26'' - Ritmo: 4:15 min/km
Número de Peito: 480
Tudo isso com inscrições a R$27,50, não dá pra perder. Melhor ainda é chegar a essa prova preparado pra buscar um bom resultado e conseguir não só o recorde mundial pessoal nos 10k como baixar o tempo do ano anterior em mais de dois minutos.
Quando temos uma prova esporádica, baixar tempo não costuma ser um objetivo. Prova esporádica é aquela prova que não faz parte da nossa periodização, não é uma prova-alvo. Corremos provas assim para usá-las como treino de ritmo, para nos manter motivados, etc. E a Olga Kos, esse ano pra mim entrou como prova esporádica na planilha, já que a prova-alvo é a Meia Internacional da Cidade de São Paulo (Meia da Corpore) da qual participarei dia 02/04/17, essa sim com o objetivo de melhorar meu tempo na meia-maratona.
Porém sabemos que nossos resultados nas provas dependem de diversos fatores, e no último domingo esses fatores se combinaram pra que eu chegasse confiante à arena: o calor que vem nos fazendo sofrer há meses deu uma trégua, eu estava descansado, bem treinado já entrando no período de polimento da planilha para a Meia, pude dormir bem na noite anterior pois cheguei do trabalho pouco depois das 23h.
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| Bike + Metrô: indo para a prova |
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| Minutos antes da largada dos 10k |
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| Alvará impedia a montagem de estruturas sobre o Elevado João Goulart |
Eu realmente estava bem e tranquilo, pois não me preocupei com isso. Em outra ocasião, poderia já sair fazendo cálculos e descobrindo que, agora, teria que correr os outros 9k abaixo de 4:15 se eu quisesse terminar no ritmo planejado, devido aos 9 segundos perdidos no primeiro quilômetro. Mas algo me dizia que isso aconteceria naturalmente. E não pude reclamar: logo no segundo quilômetro a pista já clareou bastante permitindo correr sem muitos zigue-zagues, tanto que a segunda parcial ficou em 4:09!
Quem é acostumado a correr nesse manjado percurso paulistano, palco de tantas corridas como a Caixa, o Circuito das Estações, entre outras, sabe que é nesse ponto que a prova realmente começa. Você vem de um declive leve que é a Av. Pacaembu e sobe a Rua Marta que tem aquele trecho curto mas de forte aclive, pra depois encarar o Minhocão com sua altimetria variada, várias subidas e descidas que se mal administradas nos levam à quebra. Mas eu subi a Rua Marta mantendo a passada, não deixei que o pace caísse muito e logo retomei o ritmo ao entrar no Elevado. Até o retorno da prova tudo correu bem: 4:13 e 4:11 foram as parciais do 3º e do 4º Km. Eu já sabia que essa prova, como no ano anterior, não teria os 10k, isso se confirmou no retorno que foi feito com 4,7k na altura da Rua Major Sertório. Como a organização da Olga coloca o pórtico de largada na saída da Praça Charles Muller e não na porta do estádio do Pacaembu como as outras corridas fazem, dá essa diferença de 200m no final. Mas enfim, esse quarto quilômetro se aproximando do retorno é praticamente todo subindo, ainda que uma inclinação leve, e após o retorno naturalmente descemos e nos preparamos psicologicamente pra segunda metade da prova. Foi aí que eu perdi rendimento no Circuito Caixa em outubro/16, então fiz uma rápida análise da situação e concluí que dessa vez seria diferente. Caí um pouco, pra 4:17 no fechamento do 5º Km, mas não dava sinais de esgotamento.
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| Foto: Flicker do Instituto Olga Kos Segunda metade da prova |
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| Últimos metros sobre o Elevado |
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| A Kelly também baixou mais de um minuto no tempo do ano anterior |
Uma breve resenha na tenda da equipe e logo pegamos nossas bikes para a volta pra casa, afinal às 13h eu já estaria no Bar Brahma para a minha apresentação de todos os domingos.
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| Linda medalha |
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| Equipe Balbino Performance. À esquerda, o treinador Balbino Santos |
Olga Kos Pacaembu 2016
Prova: Corrida e Caminhada Pela Inclusão Olga Kos - Ano III
Local: Praça Charles Miller - São Paulo / SP
Inscrição: R$ 27,50
Data: 19/03/17
Distância: 9,76 k (14ª)
Geral: 64ª corrida - 2017: 3ª corrida
Tempo: 41'26'' - Ritmo: 4:15 min/km
Número de Peito: 480
Classificação geral masculino: 96º (de 2222) - Categoria (40-44): 15º (de 388)
Resultado oficial: https://sites.minhasinscricoes.com.br/CorridaeCaminhadapelaInclusaoOlgaKos
Atividade no Strava: https://www.strava.com/activities/906040419
Resultado oficial: https://sites.minhasinscricoes.com.br/CorridaeCaminhadapelaInclusaoOlgaKos
Atividade no Strava: https://www.strava.com/activities/906040419
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