sexta-feira, 7 de abril de 2017

De volta às meias

Já fazia um bom tempo. Pra ser mais exato, a última meia maratona que participei foi a Meia Internacional de SP, em março de 2015. É certo que depois disso corri duas vezes as 15 milhas na Maratona de SP, que é uma distância um pouco maior que uma meia: 24k. Mas eu estava com saudade da distância que exige bem mais que os 10k preferidos dos brasileiros mas não tanto quanto a desgastante maratona. E, mesmo tendo corrido até então apenas três vezes essa distância, posso dizer que é minha distância preferida.


A verdade é que terminei 2014 decidido a correr minha primeira maratona, e nos dois anos seguintes corri duas vezes a Maratona do Rio. Então acabei me dedicando a isso e correndo como preparação as 15 milhas, deixando então as meias de lado. Não que não desse pra encaixar no calendário, foi provavelmente uma falha de organização minha mesmo. Então agora, resolvido a voltar às maratonas somente em 2018, escolhi me preparar utilizando justamente a distância de 21k. E a Meia Internacional da Cidade de São Paulo, conhecida como Meia da Corpore, seria a primeira do ano. Uma prova que eu já tinha vontade de conhecer e que caiu como uma luva no calendário que montei.


A retirada de kit se deu na loja Decathlon Morumbi, um ponto de acesso nem tão simples para quem não vai de carro. Seria tão bom se as organizadoras facilitassem colocando pontos de retirada próximos ao metrô, mas enfim... lá fomos nós, retirar uma bonita camiseta, sacola bem feita e número de peito com nome estampado, além de um gel de carboidrato que eu deixei pra consumir no pós prova. O chip, retornável, seria retirado no domingo, na arena da prova.

Luiz, Wagner, Felipe e Maurício
Fomos juntos o Maurício e eu, representar a equipe Balbino Performance, e já na chegada encontramos muitos amigos como era de se esperar. Inclusive muitos deles iriam participar também da Maratona de SP que acontece no domingo seguinte, dia 09, mas ainda assim resolveram enfrentar os 21k. A retirada do chip estava tranquila, chegamos por volta das 6h10 e não tivemos problemas para estacionar próximo fugindo dos flanelinhas. Retiramos nossos chips, utilizamos o banheiro e ainda tivemos tempo pra um aquecimento antes de alinharmos para a largada 15 minutos antes.

Um ponto alto que pude destacar nessa prova foi justamente a divisão por baias de ritmo. Com controle! Afinal divisão há em muitas provas, mas não tem o mínimo controle e qualquer um entra em qualquer baia. Nessa meia havia staffs observando o número de peito dos atletas e liberando - ou não - conforme o ritmo marcado lá. O meu indicava 4:30 min/km.

Maurício e eu, representando a equipe
A largada foi dada pontualmente às 7h e lá fomos nós pra uma saída do Jockey um pouco congestionada só até a saída do portão, onde o percurso já tem a primeira inversão de direção. Daí em diante pelo menos pra quem largou mais à frente o caminho foi relativamente livre enquanto subíamos um falso plano até a Av. Lineu de Paula Machado que com 800m de prova já teve a segunda inversão de direção e o primeiro cotovelo formado pelos cones dividindo a rua. E seriam muitos desses cotovelos ao longo do percurso, o que me faz questionar um pouco essa afirmação de "percurso rápido" pregada pela organização. É verdade que a prova é quase toda plana, com exceção da subida da ponte e da saída do túnel (ambos na ida e na volta), mas esses cotovelos exigem bastante da desaceleração e retomada do ritmo.

O clima ajudou bastante. Fazia 19º sem sol. E mesmo assim houve boa hidratação. Passei direto pelo primeiro posto, indo me hidratar somente com 40 minutos de prova para consumir o gel de carbo. Levei dois, o segundo consumi com cerca de uma hora de prova. Houve também um posto de isotônico, infelizmente servido em copo descartável o que nos faz beber um pouco pelo nariz :P
Mas realmente a hidratação foi adequada e a temperatura favorável. Era um dia para recordes pessoais.

E era o que eu buscava. Não baseado em minhas meias anteriores, pois como já disse fazia dois anos que não corria uma e mesmo com a idade um pouco mais avançada eu sabia que o meu desempenho deveria ser melhor porque obtive uma melhora no condicionamento de lá pra cá. A ideia então era conseguir evoluir baseado nas atuais distâncias que venho disputando, como por exemplo meu tempo nos 15k da Sargento Gonzaguinha no final de 2016, prova que concluí em 1h06'58". Se eu conseguisse manter esse mesmo ritmo na meia, seria uma conquista, afinal são 6k a mais no mesmo ritmo.

Saindo do Túnel Dr. Eurycledes de Jesus Zerbini, iniciando
o quilômetro 19
Mas não busquei esse ritmo logo de cara. O primeiro quilômetro fechou com 4:39, seguidos de 4:30, 4:29, 4:33 e 4:28. Assim passei na marca de 5k com 22:39, média de 4:32 min/km. Foi a partir de então que comecei a acelerar um pouco, e do 6º até o 11 todos os quilômetros ficaram entre 4:20 e 4:25. Uma tiradinha de pé no 12 e no 13 com 4:28 e 4:29 respectivamente, pra daí em diante acelerar de vez inclusive fechando o último quilômetro como o mais rápido da prova: 4:14. Consegui passar na marca de 15k com 1h06'43", ou seja, 15 segundos mais rápido do que meu recorde nos 15k obtidos na Sargento Gonzaguinha 2016.

A distância oficial de meia maratona, 21.097m, não foi alcançada. Meu Tomtom marcou 21.050m e não houve perdas de sinal. Aliás, sobre isso o canal Corrida no Ar fez um video falando justamente da falha por não terem aferido essa prova, o que tira dela o selo de prova internacional. Para nós, meros mortais, não muda muito: no meu ritmo, por exemplo, 100m a mais daria cerca de 20 segundos de acréscimo no tempo final. Mas não deixa de ser algo que comemoramos quando baixamos esses 20 segundos no recorde pessoal, não é mesmo?

A chegada, sempre um momento emocionante
O kit pós prova trouxe uma bela medalha, isotônico em pó para diluir na água, banana e maçã. Gostei. Essa meia não teve inscrição barata mas fez jus ao valor cobrado.

O primeiro trimestre de 2017 pra mim tem sido favorável: até aqui, recorde nos 10k e nos 21k. E todo um ano pela frente pra melhorar essas e outras marcas. Vamos trabalhar duro e nos divertir muito.

Recomendo a Meia da Corpore. À organização, sugiro apenas que mudem a forma de servir o isotônico; em saquinho, seria melhor. Sobre o percurso, que foi alterado em relação aos anos anteriores, não posso opinar pois foi minha primeira participação. Como já citei, os muitos cotovelos atrapalham, mas nada absurdo.


Prova: Meia Maratona Internacional da Cidade de São Paulo
Local: Jockey Club - São Paulo / SP
Inscrição: R$ 120,00 + taxa
Data: 02/04/17
Distância: 21,05 k (4ª)
Geral: 65ª corrida - 2017: 4ª corrida 
Tempo: 1h32'44'' - Ritmo: 4:24 min/km
Número de Peito: 142

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